quinta-feira, 13 de junho de 2013

Três filmes independentes muito legais e três não tão legais assim

O equilíbrio do universo é garantido por duas forças opostas: a dos filmes muito bons e a dos filmes muito ruins. Claro, isso varia com o gosto por determinados gêneros, ritmos narrativos, humor que você tá no dia, enfim, uma infinidade de fatores, só que, seguindo algumas obviedades, alguns filmes são realmente muito ruins e outros realmente muito bons. Aproveitando a deixa de ter falado em filmes independentes, vou deixar a listinha com ideias bem legais para assistir quando estiver de bobeira. E uma lista pra passar longe, se você tiver juízo.

Três filmes independentes muito legais:






"Like Crazy"
 Dir.: Drake Doremus
 Drama/Romance - 2011


 Esse é, de longe, meu filme preferido. Acho que cinema, além de só contar uma história, ele tem que te fazer viver a história, sentir o personagem. O filme precisa ser uma experiência sensorial e é exatamente isso que "Like Crazy" é. É a história de um amor muito intenso que é de repente interrompido e que te enfia no meio da dor dos personagens. Sobre distância, saudade e tempo. Lindo e triste como deve ser. Ganhou em 2011 o prêmio de Melhor Filme no Sundance Film Festival. 





"Another Earth"
 Dir.: Mike Cahill
 Drama/Ficção Científica

Duas histórias narradas em paralelo que em algum momento se cruzam. Eu fico pensando que a vida é exatamente assim. Várias histórias narradas em paralelo, cada um se ocupando da sua vida, e de repente estranhos se esbarram. E o pano de fundo pra essa história, é um outro planeta Terra que entra na órbita da Terra que a gente vive. O filme é muito intenso, com umas reflexões muito profundas sobre como a gente se vê e como nós somos causa e consequência, o próprio caos. Fora que tem um visual incrível! 






"Apenas o Fim"
 Dir.: Matheus Souza
 Romance

Eu sempre vou insistir na frase "'filme brasileiro' NÃO é gênero". Esse é um romance totalmente contramão. Começa no final do relacionamento. Começa no final de verdade, que não é exatamente feliz. Não tem grande recursos, é pra quem gosta de diálogos interessantes e corriqueiros. Um dia qualquer e aleatório, ela vira pra ele e diz que vai embora. Pra onde? Não diz. Só vai. O filme mostra a última hora do relacionamento, o amor, as coisas que ficam quando alguém vai e tudo que eles sentiram um dia. É o máximo, super lindo e delicado e apaixonante. 




E três filmes indies não tão legais:



"O Futuro"
 Dir.: Miranda July
 Drama? 
 Ok, eu adoro um casal excêntrico, mas aqui ela pesou na mão do tédio. Em cenas enormes e que não dizem nada, a história é completamente desprovida de sentido e narrada por um gato (sim, um gato) com uma voz aterrorizante de criança endemoniada em filme de exorcismo. Não tem um pingo de carisma, não entusiasma em nada. Pra não dizer que é total perda de tempo, o filme tem UMA cena legal. Aliás, esses filmes indies ruins tem isso em comum: uma narrativa tediosíssima com UMA grande cena que não chega a salvar tudo, mas chega perto disso. Se bater curiosidade, assista. Mas eu não faria isso. 




"A Família Barlett" 
 Dir.: Derick Martini
 Comédia?

Uma família esquisita, um adolescente hipocondríaco e um surto de uma doença que ninguém sabe de onde vem e que pega pelo ar. É a massa pro bolo de tédio que "Lymelife" é. Algumas discussões relevantes, mas nada interessantes. Nunca vi um filme tão chato, pra dizer a verdade. E sabe aquela cena épica que costuma ter em filmes muito ruins? Pois é, nem isso tem aqui. Um filme insosso, com personagens irritantes e uma história entediante. Mas Emma Roberts é fofa. Mas Emma Roberts não vale uma hora e meia da minha vida. 






"Ruby Sparks - A Namorada Perfeita"
 Dir.: Jonathan Daton e Valerie Faris
 Comédia/Romance

 O problema com esse filme é que ele tinha tudo pra ser legal. A ideia é boa, de verdade. Um escritor que cria uma garota perfeita e de repente ela aparece na casa dele. Eles ficam juntos e ela é completamente apaixonada por ele. Mas a graça para por aí. Os personagens são completamente psicóticos e insossos, não cativam, não envolvem na história. Esse é o menos pior dos filmes ruins, mas é cansativo demais, mesmo com uma hora e quarenta de duração, ele arrasta e se repete. Tem a clássica cena incrivelmente sensacional dos filmes muito ruis, que a Valerie Faris, protagonista, merece todo o louvor por ser uma atriz sensacional. Essa cena talvez valha o filme. Desse filme, talvez, você não deva passar tão longe assim. Mas assim, última opção, tem melhores. 


É isso. Não quis dar spoiler, se ficarem curiosos quanto as cenas épicas dos filmes muito ruins, eu conto. Apesar de parecer que seguem um "padrão" ou uma "fórmula pronta", esses filmes têm cada um sua identidade e são interessantes e gostosos de assistir, cada um a sua maneira. Aproveitem as dicas e me digam se gostarem de algum.

Té!

Um comentário:

  1. Adorei o fato de já ter assistido (e amado) os três filmes "muito bons" e não ter nem ouvido falar nos três "muito ruins", hahaha.

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